sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Não encontro maneira melhor de dizer isto senão a que me proponho agora. Escrever é uma tarefa árdua, não é somente questão de se fazer entender, é fazer alquimia com as palavras. De fato, minha pretensão não é nem um pouco literária e o comentário acima foi apenas uma justificativa estapafúrdia caso o texto não sai como esperado. Ainda não encontrei o tom da escrita, tenho que afinar o instrumento, treinar, acostumar o ouvido para me dá por satisfeita e criar algo que realmente valha a pena ser lido. E lá vai mais uma desculpa antecipada. Este é meu problema, justificar o fracasso antes mesmo de tê-lo por certo.
E assim a vida se vai... Despertando cedo, dormindo pouco, vivendo nada. Em geral, meu pesadelo começa quando acordo. Mais um dia vazio, inexpressivo, sem sentido e o tempo se esvai... Ficando as rugas, a culpa e as tentativas frustradas de mudança...
O dia está nublado hoje, o que me traz uma sensação de conforto, incomum para a maioria. Quimera imaginar que a natureza o pintou somente para combinar com meu estado de humor. Existem pesquisas que associam depressão ao tempo fechado. Contudo, cá para minhas bandas quando está nublado se diz: “o céu está bonito (de chuva)”. Talvez não seja tão tétrico assim um dia sem Sol. Quando eu morrer sentirei falta desses dias. Do movimento gracioso de como as nuvens, em seus diversos tons de cinzas, deslizam umas sobre as outras como em um balé de coreografia ensaiada, tão pesadas e soturnas quanto meus pensamentos. Deixam se envolver e se amontoam até não suportarem mais e extravasam em chuva que cai sem cessar. Certa feita ouvi dizer que Deus está na chuva. Deve está... A chuva lava, purifica, renova, dá esperanças, principalmente para o povo nordestino. Ela me faz contemplar. Sobretudo quando estou a viajar na estrada, a brisa fria que antecipa a tempestade, me arrepia a pele, me trás uma sensação de calma, de paz, raramente alcançada por meu espírito atormentado. As gotas caindo na janela são tão belas para mim. O cheiro da terra molhada me trás recordações da infância.
Mas a chuva logo passa e o Sol volta a brilha...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Anotação do dia: "Como vai?" Esta pergunta sempre me deixou desconfortável. Um depressivo, geralmente, nunca está bem, por um motivo ou outro minha resposta automática é sempre "péssima!". Porém, as pessoas nunca esperam ouvir a verdade e "como vai?" é apenas uma pergunta corriqueira de introdução de uma conversa sem a menor pretensão de realmente saber "como vai?", porque ninguém liga para como você está! De uma forma ou de outro as pessoas se relacionam por interesse então o "você" é praticamente sua conta bancária, interesses sexuais ou como ela pode te "usar"(de modo bem reducionista é isto). Bem, está postagem vai ser a real resposta para quem perguntar "como vai?" hoje. E não é nenhuma surpresa que a resposta seja PÉSSIMA, pois bem, os motivos de hoje são exatamente o que falei há pouco, ninguém liga se você ta sofrendo, angustiado e blablablá. Porque as pessoas são egoístas(não me excluo disto), mesquinhas e ruins! Elas estão preocupada não com você mas com o juízo que você vai fazer dela! Dane-se!!! Hipócritas!!! E pra quem diz que a dor vai passar... ELA NÃO PASSA HÁ 10 MALDITOS ANOS ELA NÃO PASSA! Creio que "você" não sabe disto!

Tem que...


Conto do faz de conta.

Deixa o Sol de lado só por hoje
Pra fazer valer aqueles minutos de palavras que nunca falo
Dei-me conta que “ninguém” é aquele “quem” que nada faz.
Que deixa guardado que é amargo
Que desiste de tudo que não sentiu
E aqueles que prezam por nos
Que abrem os sorrisos amarelos
Só pra ofuscar as cores que já não vejo

Melhor fazer de conta
De que tudo ainda me convém
De conseguir sintetizar o que posso tocar
De engavetar as lagrimas
Revestir-me de risadas
Encarar o colorido do tempo que faz girar
Amassar os pensamentos desconexos
Enfatizar a vida em toda sua eternidade de diária

Melhor fazer de conta
De que minha paz entreguei a ninguém
De que os sentidos calejam-se
De que lábios ainda podem receber sorrisos
De que lagrimas ainda cairão do céu
E irão molhar o passado que desbotou

Faz de conta que não amanheceu
Já que de luz não preciso mais pra te ver
Diz pra Deus que eu vou estar aqui
Continuarei a esperar essa chuva cessar
Diz ao sol que pode se esconder
Pois sei que cansarei de esperar

Por Karol Matos.

Queda nossa de cada dia.


Seus detalhes já não mais me corrompem
Já não me importo mais
Teus métodos não me movem nem envolvem
Preciso de ressurreição eterna
Não sei quando o furto aconteceu
Mas a imagem que hoje se forma há tempos deixou de ser eu
Aguardo a chuva de anseios desesperados
Revejo estrelas caindo de um céu que insiste em mudar de lugar
O sal de minhas lagrimas já não tem o mesmo sabor
Chorar ainda faz parte de mim?
Aqueles sorrisos que insistem em me punir
Olhares que permanecem obscuros
Uma vida de irrealidade constante
Hipocrisia sórdida que insiste em se fazer presente
Continuo me deixando levar por uma onda vinda de mares tendenciosos
Suas criticas não me atingem
Nada mais incomoda esse músculo penoso que ainda bate
Suas resistências foram desarmadas por visões turvadas
Imagino o fim e suas linhas conspiratórias
Mas leva-me..
Angustia salve- me!
Salva-me do tempo que já não conto
Salva-me desses doces deletérios
Salva-me das canções sufocantes
Salva-me dessa alma que arrasta o corpo,pra se dizer vivo..
Salva-me dessa insanidade corajosa
Por Karol Matos.

Autoperdão

Esses atos falhos representados por palavras errantes
Derramam o peso da culpa repensada
Refazem pensamentos dolorosos
Recriam situações foragidas
Evitam os anseios distantes
Que essa face que hoje se aquece por lagrimas disfarçadas
Encontrem o perdão de uma consciência remida
Repouse no jardim que insiste em morrer
Vivifique nesse vale onde o cinza se faz
Onde o ontem ainda é presente
Onde futuro apenas sobrevive de perdão eterno 
Por Karol Matos

PS. : Queria saber mexer nestas milhares de ferramentas do blog( layout, programar, marcadores etc). Porém, não tenho paciência e vou na pelo erro e tentativa( risos) por isto o layout meio confuso e tudo mais.
PS. : Não vou mais ficar modificando nos textos porque a cada vez que leio novamente acho uma porcaria.  


Depois que criei o blog não consegui postar nenhum texto autoral, por achar pouco autentico medíocre ou por medo da opinião alheia, tenho que confessar que até consigo escrever em um caderninho nos meus momentos de devaneio, porém não tenho paciência e tempo para digita-los. Escrever diretamente na página de postagem é a forma que estou tentando driblar esta autocensura. O cursor piscando na tela é algo ameaçador (risos) como se inibisse meus pensamentos de fluírem. Contudo, tentarei terminar esta postagem e não mais ficar apagando e reescrevendo como já fiz inúmeras vezes, me perdoem os erros de português. Estes pensamentos que teimam em se repetir... Os escrevo para tirar esta agonia, para pararem de me sufocarem. Entretanto, meu blog é além de tudo um lugar de recordações onde nada é original. Afinal, como diria Jim Jarmusch:

“Nada é original. Roube de qualquer lugar que ressoa com a inspiração ou de combustíveis para sua imaginação. Devore filmes antigos, novos filmes, música, livros, pinturas, fotografias, poemas, sonhos, conversas aleatórias, arquitetura, pontes, placas de rua, as árvores, as nuvens, as massas de água, luz e sombras. Selecione somente para roubar coisas que falam diretamente à sua alma. Se você fizer isso, o seu trabalho (e roubo) será autêntico. Autenticidade é inestimável; originalidade é inexistente. E não se sinta incomodado em esconder seu roubo – o celebre se você sentir vontade.
Em todo caso, lembre-se sempre o que Jean-Luc Godard disse:
‘Não é de onde você pega as ideias, mas para onde você as leva’ ”.


sábado, 10 de novembro de 2012


Para quê?

Para que achas que me queres?
Para saciar teus desejos em momentos de solidão?
Ou para passar o tempo a ler os teus caprichos?
Definitivamente, minha meiga, para isso não te faço servidão!

Tu fostes apagada do meu mundo virtual
É que só virtual faz-te seres.
Eu precisava de algo mais afim...
Algo que tivesse carne e ossos para poder sentir!

E tu com teu olhar sorrateiro de dama da noite
Sempre dizias: “Olhe meu senhor, deixa para o amanhã”
Mas o amanhã, querida senhorita, não mais chegará!

O que posso fazer do teu medo consistente em me ver?
Esperar mais e mais como o venho fazendo?
Não, definitivamente não, não podes o que me resta: o orgulho amargo do viver!
Por F. Spill

Ah eu quero e como queria!
Deixar de lado todo meu egoísmo
Aquilo que me faz dizer coisas que não devem ser ditas
E enterrar meu orgulho bem fundo

A vida é uma plantação....tão sazonal...
Dias que estamos tão floridos, noutros nem tanto.
Há dias de bons tempos....há dias de estiagens profundas
E mesmo assim não posso esquecer que ainda há vida.

O orgulho poda a planta pelo tronco...
A seiva que nutria as flores e frutos é desperdiçada...jogada ao esmo.
E tudo fica cinza como num dia sem alegria

Que um dia eu pense com minha ignorância terrena
Ao magoar alguém posso estar cortando meu próprio tronco
E não me verão mais florir... Perdôe-me a ignorância.....Minha flor do amanhã.
Por F. Spill

Ah que mãos lindas
Como não pude tocá-las?
Como não pude me aproximar?
Sentir o néctar de sua pele
A energia do seu coração
Estava a minha frente!
Eu me senti paralisado por sua presença
Algum tipo de medo
O medo da sua temperatura me confortar.
O medo dos seus olhos contra os meus
O medo de seu brilho me ofuscar
O medo de amá-la
O medo de estar contigo
Numa....Sala de estar.
Por F. Spill

Quando a vi fiquei estático
O tempo corria
Inexoravelmente iria perdê-la
Como um pássaro na mão
Que livre, dá-se um rumo

O tempo, objeto efêmero
Da sensação que vivi
Algo presente
Que tão logo sumiu

Triste dia de anseios delirantes
De quando a tive
Mas que voou
Longe das tormentas inconseqüentes
Perto de um porto feliz

Talvez só me reste os versos
Lembranças repetitivas
Da idéia de perda
De algo que passou e não vi...
Por F. Spill

Engraçado, muito engraçado esta vida
Vejo que tenho vários amores
Mas sinto um vazio para amar         
Como pode esta desventura me rondar?

Tenho roupa comida e casa
Mas não tenho o amor a me chamar n´alma
Talvez deva sobre tudo refletir
Este meu jeito tão peculiar...

Não posso modificar o mundo!
Nem me render aos seus caprichos!
O que me farei então?

Talvez dance um tango
Ou saboreie uma pizza...
Prefiro é mesmo encerrar esta poesia!(Ainda Jaz Vida)
Por F. Spill

O que faço do amor que sinto?
Quanto mais eu amo mais te afastaste de mim
Eu vejo pálidos teus olhos ao se cruzarem aos meus
E o que vejo seria meu medo refletido nos teus...

Quanto mais se ama menos se tem
Quanto mais se quer maior é teu desdém
Em que lugar acharei outra de ti?
E Quando me livrarei desse sentimento que habita em mim?

Foi tudo uma monotonia só... sem fim.
A mesma daquela chamada que não se encontrou linha.
Tu te foste sem deixar registros....

E fica a pergunta de como fazer para livrar-me do medo?
Algo tão tenebroso que te levaste daqui
Talvez, um dia te contarei todos os segredos que jazem em mim.
Por F. Spill

Ensaíos da Vida.
Essa tempestade vai passar....
E sairemos, no meio das cinzas, procurando novamente, onde nos abrigar
Longe dos nossos medos, longe dos anseios
De algo que nos posso machucar... machucar...
Minha alma... a sua alma... a nossa vida corporallll.

Essa tempestade vai passar...
Precisamos.... fixar olhos nos olhos para entender o que seráaa?... o que seráa?
Quando essa tempestade passarr
Precisaremos... nos fixarr... nos fixarrr. Em algo concreto que concrete imaginação.

Essa tempestade vai passar...
E teremos que encarar o novoo... o que seráa... o que seráaa
O medo quer me consumir. Mas com sua presença eu me seguro e seguir.

Essa tempestade vai passar...
Muitas surpresas nos esperamm, muito alémm, muito além, do que possamos imaginar
Segura na minha mão meu amorr.  Vamoss  esperar novas tempestades nos “brindar”!.
Por F. Spill



Existe amizade virtual? Será que existe amizade real?
Amizade, derivação do termo latim amicus ... tratando-se de uma derivação da palavra amore. Sim, amore. Trata-se de uma relação afetiva, a principio, sem características romântico-sexuais. Sim, esta é a definição de amizade. Mas, o que de fato é amizade? Olhemos dentro da nossa infância... melhor, vamos para a literatura, Os três mosqueteiros, são amigos? E os Power Rangers? O que é amizade?

Penso que, algumas vezes, confundimos o respeito, bondade, com amizade. Temos obrigação de sermos bons. Atenciosos com o próximo, mas isto não nos torna amigos. Nos torna humanos.

O mundo virtual nos trouxe uma possiblidade infinita de relacionamentos. Sim, temos amigos no Japão, Rússia, EUA, Itália, Porto Alegre... Minas Gerais, em todos os lugares possíveis e inimagináveis! Mas isto é amizade?
Não sei. Pergunto, eu sou amiga destas pessoas? Sim... eu sou. Eu sou porque eu me importo, sinto as pessoas. Mas, será que todas as pessoas da quais temos o e-mail, MSN, Facebook, nos torna amigos? Acho que não. Alguns questionam a veracidade das informações. O que para mim é irrelevante. Sim. Não nego que a possibilidade de construir uma realidade fantasiosa é mais fácil no mundo virtual, não posso negar... mas nada impede que seja verdade. Afinal, se eu falo a verdade, porque não pensar que o outro também está falando! Sim, deixamos o egocentrismos humanos para depois.

Partamos de uma premissa que sim, sim, todos são verdadeiros e amigos. Eu diria que é uma demonstração de confiança. Hoje, no mundo em que vivemos, damos oportunidades às pessoas que não conhecemos, de entrarem em nossas vidas, damos um voto de confiança. Quando estão triste, nos disponibilizamos a ouvir, rir, dar opinião... sim, damos um voto de confiança à pessoas que não conhecemos. E por que fazemos isto?

Temos medo de abrir a porta para um estranho. Temos medo de sair à noite, então demonstramos toda nossa humanidade através do mundo virtual. Sim, o mundo virtual não machuca, não fere fisicamente as pessoas. E com isto, acreditamos estarmos mais seguros. E cada vez mais, passamos a ter compaixão, e solidariedade pelo mundo virtual. É por isto que acredito quando diz que não entrou porque foi ver o festival de poesia no teatro da cidade. Sim... eu acredito. Não sou a melhor pessoa para explicar o que acontece com o mundo atual. Delegarei isto aos antropólogos... palavra que nem consigo pronunciar. Mas deixarei sim. Como explicar esta transação. Será individualismo? O individualismo mais coletivo que já vi.

Então, sim, acredito que amizade virtual é o ultimo sopro real da humanidade querer ser humana. Querer demonstrar que se importa, que tem sentimentos. Mas como se diz, “a princípio, sem interesse romântico-sexual”. Toda amizade está fadada ao romântico-sexual? É por isto que amizade entre sexos opostos não dão certo? O romântico-sexual acaba prevalecendo? Mais uma vez... não ousarei pronunciar-me ... apenas antropólogos podem o fazer.

De onde vem então a busca pelo próximo? Será que queremos apenas saber da vida alheia para trazer um pouco de conforto à nossa?! Será que isto é amizade? Talvez... uma vez, uma pessoa disse: “prefiro ter empregados do que amigos. Empregados são objetivos e sei o que esperar deles. Não me agradando posso demitir, e amigos não.” No primeiro instante... tive uma revolta, porque eu sou amiga do cara! Putz! Prefiro empregados à amigos. Nossa! Que mané! Pensei... hoje, até que entendo. Algumas pessoas não podem, ou não sabe como dispor o seu Eu, para serem amigos. Esquecemos o significado de amigo. Sim, quando não nos agradam mais, podermos deletar o MSN, o Facebook, o Twitter ... simples.

A amizade hoje pode ser real ou virtual, sim elas existem... o pior de tudo, é que as amizades, hoje, estão descartáveis. Devem ser regidas sempre à medidas de agradar. Não mais preenchendo este querer... são facilmente deletadas. Sim, as amizades reais nos colam na lista negra do celular; mandam dizer que não estão; deixam de nos atender; falam mal da gente; nossos amigos mudam; as amizades virtuais nos deletam; bloqueiam, entram invisível ... nos ignoram.
Então sim, existe amizade real e amizade virtual, sim. A única diferença querido amigo virtual, é que quando você me machuca, a dor ... é real, e não virtual. 
Por Verônica Motta


Pensando em escrever sobre o tema deparei-me com este texto dizendo tudo o que eu queria e de maneira mais competente do que diria. Depois desta só me resta postar e deixar de lado minhas pretensões literárias (risos).

O príncipe e o sapo.


Sempre procurei o amor, como toda adolescente.Mas não o encontrava porque pensava que eu era um patinho feio.
Tinha espinha, era pequenina e gordinha.
Porém tudo mudou quando cresci, fui melhorando interna e externamente. Minha vida foi se desenvolvendo, estudei, me formei, mas ainda faltava algo: ele. “Já vai encontrar, em qualquer esquina” era o consolo que todo mundo me dava.
Em cada pessoa que esteve ao meu lado, acreditei que havia encontrado meu príncipe azul.No entanto, a única coisa que ganhei foi sofrimentos e decepções.
Sentia que nunca conseguiria me apaixonar, que esse sonho nunca se realizaria que ninguém iria olhar para mim e assim foi passando o tempo. Até que um dia, faz dois anos, o encontrei, nada a menos que numa esquina. Fomos devagarzinho, dando tempo para nos conhecer e agora decidir que sou uma mulher feliz e não por ter um príncipe azul ao meu lado, mas por ter um patinho feio, como eu, que estava só, machucado pela vida, um homem lutador e carinho.
Apaixonei-me com um amor calmo, que continua crescendo, Diariamente vamos nos descobrindo e nada, nem ninguém nos apressa.
Só lutamos por nossa felicidade.
Porque só nós sabemos o quanto nos custou encontrá-la.
E temos uma caminhada para percorrer juntos, ele e eu.
Quem dera que esta história, a história de minha vida e de meu amor, sirva para todas aquelas mulheres que perderam as esperanças de amar e ser amadas.

(Sandra Mabel. Ramos Mejía. Buenos Aires)


Traduzido por uma querida amiga.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dá vontade de sair dançando com esta música...


O que a razão não alcança.


Me cativas.


"E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não vi
nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas
também. É a única coisa interessante que eles fazem - Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços.
- Criar laços?
Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto
inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não
tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil
outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para
mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Começo a compreender, disse o principezinho.
Existe uma flor. . . eu creio que ela me cativou ...
É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra ...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom ! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as
galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço
um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um
barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar
debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá
longe, os campos de trigo?
Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram
coisa alguma. E isso é triste Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso
quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o
barulho do vento no trigo ...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho
amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não
têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como
não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um amigo,
cativa-me!
Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe
de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A
linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo,
às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for
chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a
hora de preparar o coração ... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa, É o que faz com que um
dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por
exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quintafeira
então é o dia maravilhoso!
Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam
todos iguais, e eu não teria férias !
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a
raposa disse:
- Ah ! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste
que eu te cativasse ...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar ! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada !
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás
para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda.
Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era
uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo.
Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa,
sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é,
porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a
redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto
duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou
mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o
coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se
lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves
esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável
pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar".

Resume bem...


“Era verdade que levara até as últimas conseqüências muitas coisas em sua vida, mas só o que não era importante – como prolongar brigas que um pedido de desculpa resolveria, ou deixar de ligar para um homem pelo qual estava apaixonada, por achar que aquela relação não ia levar a nada. Fora intransigente justamente naquilo que era mais fácil: mostrar para si mesma sua força e indiferença, quando na verdade era uma mulher frágil, que jamais conseguira destacar-se nos estudos, nas competições esportivas de sua escola, na tentativa de manter a harmonia em seu lar.
Superara os seus defeitos simples, só para ser derrotada nas coisas importantes e fundamentais. Conseguia passar a aparência da mulher independente, quando necessitava desesperadamente de uma companhia. Chegava nos lugares e todos a olhavam, mas geralmente terminava a noite sozinha, no convento, olhando a televisão que nem sequer sintonizava os canais direito. Dera a todos os seus amigos a impressão de ser um modelo que eles deviam invejar – e gastara o melhor de suas energias tentando se comportar à altura da imagem que criara para si mesma.
Por causa disso, nunca lhe sobraram forças para ser ela mesma – uma pessoa que, como todas as outras do mundo, necessitava de outros para ser feliz. Mas os outros eram tão difíceis! Tinham reações imprevisíveis, viviam cercados de defesas, comportavam-se também como ela, mostrando indiferença a tudo.

(...)

 Um dia eu me canso de ouvi-la sempre repetindo a mesma conversa, e para agrada-la me caso com um homem a quem me obrigo a amar. Eu e ele terminaremos encontrando uma maneira de sonhar juntos com o nosso futuro, a casa de campo, os filhos, o futuro dos nosso filhos. Faremos muito amor no primeiro ano, menos no segundo, e a partir do terceiro ano a gente talvez pense em sexo uma vez a cada quinze dias, e transforme este pensamento em ação apenas uma vez por mês. Pior que isso, a gente quase não conversará. Eu me forçarei a aceitar a situação, e me perguntarei o que há de errado comigo – já que não consigo mais interessa-lo, ele não presta atenção a mim, e vive falando dos seus amigos como se fossem realmente o seu mundo.

Quando o casamento estiver realmente por um fio, eu ficarei grávida. Teremos o filho, passaremos algum tempo mais próximos um do outro, e logo a situação voltará a ser como antes.

Então começarei a engordar como a tia da enfermeira de ontem – ou de dias atrás, não sei bem. E começarei a fazer regime, sistematicamente derrotada a cada dia, a cada semana, pelo peso que insiste em aumentar apesar de todo o controle. A esta altura, eu tomarei estas drogas mágicas para não entrar em depressão – a terei alguns filhos, em noites de amor que passam depressa demais.

Direi a todos que os filhos são a razão de minha vida, mas na verdade eles exigem minha vida como razão.

As pessoas vão sempre nos considerar um casal feliz, e ninguém saberá o que existe de solidão, de amargura, de renúncia, atrás de toda aparência de felicidade.

muito por causa da separação

Até que um dia, quando meu marido arranjar sua primeira amante, eu talvez faça um escândalo como a amiga da enfermeira, ou pense de novo em me suicidar. Mas aí estarei velha e covarde, com dois ou três filhos que precisam de minha ajuda, e preciso educalos, coloca-los no mundo - antes de ser capaz de abandonar tudo. Eu não me suicidarei: farei um escândalo, ameaçarei sair com as crianças. Ele, como todo homem, recuará, dirá que me ama e que aquilo não vai mais se repetir. Nunca lhe passará pela cabeça que, se eu resolvesse mesmo ir embora, a única escolha seria voltar para casa dos meus pais, e ficar ali o resto da minha vida, tendo que escutar todo dia a minha mãe lamentar-se porque eu perdi uma oportunidade única de ser feliz, que ele era um ótimo marido apesar de seus pequenos defeitos, que meus filhos irão sofrer

Dois ou três anos depois, outra mulher aparecerá em sua vida. Eu vou descobrir – porque vi, ou porque alguém me contou – mas desta vez finjo que não sei. Gastei toda a minha energia lutando contra a amante anterior, não sobrou nada, é melhor aceitar a vida como ela é na realidade, e não como eu imaginava que fosse. Minha mãe tinha razão.

 

Ele continuará sendo gentil comigo, eu continuarei o meu trabalho na biblioteca, os meus sanduíches na praça do teatro, os meus livros que nunca consigo terminar de ler, os programas de televisão que continuarão sendo os mesmos daqui a dez, vinte, cinquenta anos. Só que comerei os sanduíches com culpa, porque estou engordando; e não irei mais a bares, porque tenho um marido que me espera em casa para cuidar dos filhos.

A partir daí, é esperar os meninos crescerem, e ficar todo dia pensando no suicídio, sem coragem de comete-lo. Um belo dia, chego a conclusão que a vida é assim, não adianta, nada mudará. E me conformo.”


 
Para quem chegou ate o fim dessa postagem tenho algumas observações para fazer. A primeira delas é que o trecho foi tirado de um livro de Paulo Coelho, sim! PAULO COELHO, nosso mago brasileiro, sucesso no exterior e blablabla... o fato é que cheguei até o livro por causa do filme(como sempre o livro é bem melhor que o filme), gostei da obra, embora não gosti do autor. No livro há ainda passagens hilarias do onde Paulo Coelho fala dele mesmo.
O ultimo adendo é em relaçao a como o texto sucinta o que eu penso ou como me sinto. Espero ter um fim semelhante a Veronika(risos).

Mais um ato.


Despertou tentando lembrar do sonho que acabara de ter, não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo. Olhou o quarto, uma completa desordem, ela até o preferia assim, condizia mais com seu estado mental bem como toda sua vida. Constatou mais uma vez que é ao acordar que seu pesadelo começa. Logo veio a dor de cabeça, o vazio e a consciência, enfim, estava realmente acordada.
Do vizinho, Simone cantava “então é natal”. Ficou mais deprimida ainda ao se dar conta que era dia 25 de dezembro. Lembrou-se de todos os compromissos familiares que seria submetida, almoço na casa da vó e churrasco no sítio do tio... Ela odiava tudo aquilo.  Pegou o celular para olhar as horas, estava cada vez mais difícil levantar-se, em geral ficava fitando a parede por um bom tempo e pensando na vida, ou na ausência desta, no entanto era preciso ajudar nas tarefas domésticas e o faria de forma automática. Era oito e meia, havia uma nova mensagem de texto no celular que a fez recordar de certa conversa na noite anterior.
“- O que você quer comigo?
- Namorar que não é. Sentir que ainda tem alguém para fazer companhia.
- Obrigada pela parte que me toca.
- Você também não quer namorar comigo não, tá se iludindo. Você ta me usando e eu usando você. Sejamos francos.
- Tô te usando pra que?
- Pra satisfazer teu vazio e você o meu.
- Você não merece que eu goste de você. Porque não da para aceitar simplesmente que eu gosto de você e ponto?
- Eu sei que sou insuportável nem eu mesmo me suporto, detesto essa vida.
- Porque não aceita que eu goste de você, poderia esta conversando com qualquer outra pessoa, mas estou aqui satisfazendo teus caprichos.
- Não é escolha sua, é que só tem eu de doido que conversa com você.
- Eu sei me fingir de normal.
- Mesmo que eu te ofenda ou faça qualquer coisa, você não vai largar do meu pé, porque você gosta de louco mesmo. Você precisa de mim pra te preencher mesmo que eu não dê à mínima.
-É a última vez que você me faz chorar.
- Você precisa do que tenho a oferecer.
- Desprezo?
- Deve ser isso, você quer ser desprezada se alimenta disso se eu fosse uma menina normal e bonita como você estaria em outro lugar agora e não conversando comigo, você vai me ver mais mal do que bem.
- Você tem consciência de que cada palavra que me diz esta me ferindo por dentro?
- Não, não tenho, to fora de mim, não to ligando a mínima.
- Ta vendo to chorando é isso o que você faz as pessoas.”
- Não tô nem ai, sou um monstro, mereço o sofrimento que to passando.
Remoendo as palavras em meio a soluços, pensou no que seria... Um ser-objeto, um ser descartável, reutilizável e substituível, sem identidade, nome ou sentimentos a serem respeitados, simplesmente, evocado quando necessário e dispensado tão prontamente fosse atendido à vontade daquele que o usava.
Ser-objeto, atendia telefonemas no meio da noite, nas madrugadas de bebedeira, para reclamar do trabalho, amigo ou família. Ser-objeto, não merece respeito, consideração e muito menos atenção. Ser-objeto é resignado, obediente e dedicado.
Sua mãe bate a porta, sinal que era hora de encarnara a vida lá fora.  
Olá, para quem quer que seja, tenho algumas considerações para fazer. Deixei de postar aqui simplesmente porque esqueci a senha, graças a um amigo muito sabio conseguir lembrar que não era a senha que estava errada era o email!(risos), então isto só mostra o quão atrapalhada sou!Além disto fui traida pela minha vaidade, explico, incialmente o blog era para ser de desabafo ,para exorcizar meus demonios, colocar para fora o que me angustia aqui dentro. Contudo, ao passar o endereço do blog para os amigos percebi a relação perigosa que se criava...pois ali estaria desnuda,sem mascaras, indefesa,fragil...e até que ponto o que fosse escrever dali para frente estaria livre de censura?Pois bem, passado um bom tempo acredito que ningém mais leia estes meu cantinho de confissões...este meu DELÍRIOS DEPRESSIVO!Então, seja bem-vindo novamente!